Medicina
Como prevenir problemas de memória com atitudes simples
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“Ops, esqueci!” Quem nunca passou por uma situação em que simplesmente não se lembrou de um nome, onde guardou algo ou o que disse em algum momento? Esses pequenos lapsos parecem fazer parte cada vez mais do cotidiano das pessoas. Isso não significa que você esteja com problemas de memória, mas é bom cuidar para que essas falhas não se tornem frequentes.
Alguns estudiosos acreditam que estamos na era da economia da atenção. Em qualquer lugar onde estejamos, somos bombardeados por informações, anúncios, notícias e uma infinidade de contatos, conversas etc. Com esse excesso, parece que tudo se torna menos importante, e passamos a selecionar o que realmente vale a nossa atenção.
Aliás, essa é uma característica da memória e é graças a ela que, no meio de tanta coisa, escolhemos o que realmente precisa ser armazenado. (Falaremos sobre memória de curto prazo mais adiante).
Como a sobrecarga de atividades, ansiedade e estresse são fatores recorrentes para muita gente, o Sempre Bem conta tudo o que você precisa saber para manter a saúde da memória em dia. Acompanhe!
Memória de longo e curto prazos
É importante entender que nem tudo precisa ser lembrado e que existe diferença entre a memória que utilizamos por um prazo curto e a que armazenamos por tempo indeterminado. Pense nela como o disco rígido (HD) de computador, se enchermos com informações desnecessárias, não sobrará mais espaço para arquivos importantes.
As memórias de longo prazo deixam guardadas informações às quais precisamos recorrer com frequência e outras que convertemos em lembranças para revisitarmos posteriormente. Já as de curto prazo têm a ver com as minúcias do dia a dia, dados que são passageiros e mutáveis. É para manter espaço livre no “HD”, que nosso cérebro descarta esses arquivos temporários.
Esquecimento x Perda de memória
Em entrevista para o programa Sempre Bem, a psicóloga Marina Baquit explicou que o esquecimento é um episódio pontual, como esquecer o número de um telefone ou o nome de alguém. Já a perda de memória é não se lembrar de momentos da vida, como o nome do próprio filho.
O que pode causar perda de memória?
A perda ou dificuldade de memória pode ser causada por diversos fatores, como problemas hormonais e nutricionais, depressão, sobrecarga mental, ansiedade, excesso de bebida alcoólica, dormir poucas horas, falta de atenção, alzheimer, entre outros.
Como melhorar a memória
Para que o cérebro fique saudável, é indispensável mantê-lo ativo. Assim, é possível prevenir ou retardar sintomas da perda de memória. O treino desse órgão deve começar desde a infância e precisa ser contínuo, por toda a nossa vida. Nesse sentido, tudo o que mantenha a concentração e atenção é benéfico. Confira algumas atividades diárias que podem ajudar:
1. Meditação
Alguns estudos apontam que a meditação traz, sim, benefícios para a memória. Além de melhorá-la, a prática ainda a protege da deterioração em momentos de grande estresse. As pesquisas indicam que, mesmo por períodos curtos, meditar pode levar a uma alteração funcional e estrutural do cérebro, com efeitos positivos na função cognitiva.
2. Jogos de raciocínio
Manter a mente ativa, com atividades intelectuais que dão prazer, é essencial para estimular o cérebro e evitar a perda de memória. Ler, fazer palavras cruzadas, caça-palavras, aprender a tocar um instrumento musical ou um novo idioma e brincar com jogos de memória são mais que recomendados.
3. “Neuróbica” (ginástica dos neurônios)
A palavra é estranha, mas significa algo muito eficaz para exercitar o cérebro. A ginástica dos neurônios consiste em praticar “exercícios” que tirem a pessoa de sua zona de conforto. Por exemplo, segurar o talher ou escovar os dentes com a mão que não costuma usar, sentar em outro lugar à mesa e andar para trás são atividades que exigem mais atenção e fazem muito bem.
4. Dieta equilibrada
Sim, uma alimentação saudável também influencia na saúde da memória. Dê preferência a uma dieta balanceada de proteínas (diversificando a fonte), rica em vegetais, fibras, frutas e oleaginosas. Além disso, é importante evitar frituras, não ingerir bebida alcoólica em excesso e não abusar dos doces.
5. Atividade física
Fazer exercício físico funciona como um verdadeiro escudo para a saúde. Ele é excelente para melhorar a circulação e o fluxo sanguíneo para o cérebro, o que protege suas células. Também é ótimo para prevenir outras doenças, como hipertensão, colesterol alto e diabetes. O recomendado é se exercitar de 3 a 5 vezes por semana para manter a saúde do corpo e da mente em dia.
6. Dormir bem
O sono de qualidade é muito importante para o processo de memorização. É durante o descanso que o cérebro fixa as memórias e consolida tudo o que foi aprendido ao longo do dia. O ideal é dormir de 6 a 8 horas diariamente, pois, se a mente estiver cansada, estará mais suscetível ao estresse e terá mais dificuldade para reter informações.
7. Reposição de vitaminas
Para bom funcionamento da memória, é preciso também que todos os nutrientes estejam em doses equilibradas no organismo. Algumas pessoas podem ter dificuldade de absorção desses elementos pelo processo de digestão, portanto, além de estar atento ao que se come, é importante conferir se há necessidade de suplementação de alguma vitamina.
Para preservar a saúde do cérebro, é indispensável consumir as vitaminas A, C, D, E e as do complexo B, como B1, B6, B9 e B12, além de ômega-3.
8. Distúrbios
Alguns problemas, como estresse, ansiedade e depressão, também podem afetar a capacidade de memorizar. Esses distúrbios podem dificultar a retenção de informação, além de provocar episódios de esquecimento e falhas de memória. É importante buscar atividades de relaxamento, como ioga, para preservar o bem-estar e a qualidade de vida.
Em casos de ansiedade grave ou depressão, é imprescindível consultar um psiquiatra e iniciar o tratamento de imediato para prevenir danos no cérebro.
9. Check-up
Todos os anos, é importante fazer alguns exames para investigar possíveis problemas de saúde. Doenças como diabetes, colesterol elevado, hipertensão e alterações hormonais dificultam a circulação do sangue e podem prejudicar o funcionamento de diversos órgãos, incluindo o cérebro.
Alzheimer
Amanhã (21) é o Dia Nacional de Conscientização da Pessoa com Alzheimer, transtorno que afeta o indivíduo a partir dos 60 anos, causando perda de memória permanente. O mal de Alzheimer é uma doença neurológica que degenera o sistema nervoso central de forma progressiva e irreversível.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, os principais sintomas são: a perda de memória recente, característico da fase inicial da doença, irritabilidade, falhas na linguagem, perda de memória remota (fatos mais antigos) e redução da capacidade de se orientar no tempo e no espaço.
Pessoas de 30 ou 40 anos, embora reclamem de perda de memória, costumam ter dificuldade de para se lembrar de episódios pontuais. O Alzheimer não é característico nessa faixa etária.
Fique sempre atento à sua saúde e, caso note algum sintoma, procure o médico.
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